sábado, 2 de agosto de 2008

LUZ DE AGOSTO


Luminosa manhã.

O sol abriu suas asas de luz

e voou sobre os campos,

espargiu a neblina e

o sangue dos ventos

sobre as colinas.

Fugitivas, as sombras da noite

incorporam-se às águas dos córregos

para acarinharem as pedras

e as folhas sem destino...

As canções machucam

o cantar do vento

e se pede silêncio pelos roseirais.

Escondeu-se o orvalho

nos olhos dos espinhos,

para apreender a lição

da luz que sempre chega

para mudar o reino

de todas as coisas.
(Direitos autorais reservados).

2 comentários:

Yohana Rinnardi disse...

Aqui na minha cidade tinha amanhecido sem sol, o céu cinzento, apenas com a abençoada e esperada chuva! Agora, com o sol da sua poesia, até sou capaz de ver arco-íris. Querida Clara, seu poema é luz. Beijos.

João Manoel Lourenço Pereira disse...

Feito com a ponta mais ponta do píncel. Desenho que toca de leve a Porcelana, vindo, como vem do céu. Coisa do outro lado do mundo. Da China. Mais uma das suas maravilhas. João