quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ESPELHOS



Do que não há de vir,
desde que foste embora,
na penumbra do quarto,
o lençol adornado de aurora
se desfaz...
Que bosque profundo,meu amado,
me roubas ao sono,
com tuas doces e suaves
asas de desengano?
Espelho os algarismos dos sacrifícios,
os lúgubres escaninhos dos vazios
por onde não passa mais nada,
onde não vive mais nada,
apenas a dor em seu cio.



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Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais
9.610 de 10.02.98)