quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ESPELHOS



Do que não há de vir,
desde que foste embora,
na penumbra do quarto,
o lençol adornado de aurora
se desfaz...
Que bosque profundo,meu amado,
me roubas ao sono,
com tuas doces e suaves
asas de desengano?
Espelho os algarismos dos sacrifícios,
os lúgubres escaninhos dos vazios
por onde não passa mais nada,
onde não vive mais nada,
apenas a dor em seu cio.



(Todos os direitos reservados.
Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais
9.610 de 10.02.98)

2 comentários:

Yohana Rinnardi disse...

Querida Clara, parece que senti no ar a presença dos seus versos! Que lindo, minha amiga! Você tem um talento único pra falar das coisas do coração. Sempre o meu apreço, a minha admiração pelo seu talento e a sua sensibilidade, querida poeta! Beijos.

Yohana Rinnardi disse...

Oi, querida Clara, vim desejar um bom dia e encontro tudo novo, leve e maravilhoso como sempre. Adoro essa foto. Beijo de imenso carinho!